Quem me contou foi a minha avó

Lobisomens e lobos maus sempre povoaram as histórias mais diversas contadas desde antigamente. Essa questão, ainda hoje, está muito presente no imaginário das crianças mesmo quando reconhecemos ser cada vez mais difícil encontrar pais, mãe, avós ou avôs que ainda contam histórias aos filhos e netos. Para nossa sorte, ainda encontramos crianças que nos surpreendem.

Após as contações de histórias que tenho feito em escolas rurais, e algumas urbanas de pequenas cidades, peço para os estudantes falarem se sabem contar alguma história que não tenha sido contada pela professora ou assistida na televisão. Uso esses critérios como uma forma de descobrir se alguém da família ainda conta histórias para eles. Quando pergunto diretamente quem escuta histórias em casa, geralmente todas respondem que sim. Porém, quando peço para contarem alguma dessas histórias a inibição ou o fato de que realmente não escutam nenhuma história, reduz brutalmente o número de crianças que se dispõe a compartilhar o que ouviram.

Por isso, quando encontramos uma criança que fala que sua avó lhe contou uma história e vem contar para os colegas sem nenhuma inibição e cheio de contentamento por fazer isso, é realmente um motivo que muito me alegra.

Na Escola Municipal Maria Martins Souto, na cidade de Bandeira-MG, tive o prazer de ouvir o Daniel contar uma história que ouvira da sua avó. Impossível não ouvi-lo atentamente e constatar que sua timidez não foi capaz de vencer seu desejo de se apresentar e buscar as palavras certas para que a narrativa se desse de fato.
Aí está uma deliciosa história com direito a lobisomem e a descoberta de quem o “bicho” realmente é.

Vamos ouvi-lo?

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